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A vingança de Lúcifer


Deus revelou a muitos Santos certas verdades para bem dos homens. Foi assim que uma freira, em processo de Beatificação, mas já considerada Venerável pelo Vaticano, teve uma visão magnífica e muito esclarecedora: Sóror Maria de Jesus. Tais revelações foram escritas por ela no livro “Mística Cidade”, com aprovação eclesiástica, NIHIL OBSTAT do Cônego João Corrêa Machado e IMPRIMATUR de Dom Geraldo, Arcebispo de Aparecida. Direitos: Academia Marial de Aparecida – SP e Mosteiro Portaceli de Ponta Grossa – PR. Vale a pena ler.

Desde quando Lúcifer foi expulso do Céu com seus anjos rebeldes, odiou os homens.

Ai da terra e do mar, porque o demônio desceu a vós com grande ira, sabendo que lhe resta pouco tempo (v.12)

Vingança de Lúcifer.

No momento em que Lúcifer e seus sequazes inauguraram o inferno, reuniram-se todos para fazer um conciliábulo. Nesse tempo empregou Lúcifer toda sua diabólica sabedoria e malícia em estudar e decidir com os demônios o modo para mais ofender a Deus, em vingança do castigo que lhes havia imposto. A última conclusão a que chegaram, pelo que sabiam do amor que Ele teria aos homens, foi que a maior vingança e ofensa a Deus seria impedir nas criaturas humanas os efeitos daquele amor. Para tanto, enganariam, persuadiriam e forçariam quanto possível os homens a perderem a amizade e graça de Deus, tornando-os ingratos e rebeldes à vontade divina.

Lúcifer determinava que os seus subordinados trabalhassem com toda a força, atenção e ciência: “Arrastaremos as criaturas humanas para nosso ditame e vontade, a fim de perde-las. Perseguiremos esta geração de homens e os privaremos do prêmio que lhes está prometido. Procuremos, com toda nossa vigilância, que não cheguem a ver a face de Deus, visão a nós, injustamente negada. Hei de obter contra eles grande triunfos e tudo destruirei e submeterei à minha vontade. Semearei novas seitas, erros e leis, em tudo contrárias às do Altíssimo.”

Assim, dessa forma, jurando ódio ao ser humano, a vingança infernal estava montada.

No entanto para próprio castigo do demônio, Deus não permitiu que ele visse a criação de Adão e Eva. Quando o demônio vagando pelo paraíso encontrou o admirável ser humano, enfureceu-se. Pois vendo ele Homem e Mulher, e sabendo que Deus enviaria ao mundo um Salvador que nasceria de uma Virgem, pensou se tratar do próprio Jesus Cristo. Dessa forma ficou por muito tempo observando Adão e Eva, tendo medo de se aproximar de ambos.

Continua a Venerável Sóror Maria de Jesus, humilde abadessa no convento da Imaculada Conceição da Vila de Ágreda:

No sexto dia da criação Deus formou e criou Adão na compleição física de 33 anos, idade em que Cristo havia de morrer, e tão parecido à sua humanidade Santíssima, que no corpo era mínima a diferença, e a alma semelhante à sua quanto à natureza.

De Adão formou Eva, tão semelhante à Virgem que a reproduzia nas feições e em toda a pessoa. Contemplava o Senhor, com sumo agrado e benevolência, estes dois retratos dos originais que oportunamente criaria. Por causa destes lhes concedeu muitas bênçãos, como para se entreter com eles e seus descendentes, enquantoesperava o dia no qual havia de formar Cristo e Maria.Todavia, o feliz estado no qual Deus criara os dois primeiros pais do gênero humano durou muito pouco. Contra eles logo se despertou a inveja da serpente que espreitava a sua criação, apesar de que Lúcifer não pudera ver a formação de Adão e Eva como vira todas as outras coisas no momento de serem criadas. Não quis o Senhor mostrar-lhe a criação do homem, tampouco a formação de Eva da costela, e só os viu quando apareceram juntos.

Quando o demônio viu a admirável compleição da natureza humana, superior a todas as demais criaturas; a beleza das almas e também dos corpos de Adão e Eva; conhecendo o paternal amor que lhes votava o Senhor e que os fizera donos e senhores de toda a criação com promessas de vida eterna, enfureceu-se a ira deste dragão.

Não há língua que possa explicar a violência com que se agitou aquela besta feroz. Incitado pela inveja desejou-lhe tirar-lhes a vida e, como um leão o teria feito, se não fosse detido por outra força superior. Por este motivo, estudava e procurava modo para os rebelar contra o Altíssimo e derruba-los da graça divina.

Enganou-se Lúcifer porque, embora desde o princípio o Senhor lhe houvesse manifestado que o Verbo far-se-ia homem no sei de Maria Santíssima, não lhe declarou onde e como.

Por esta razão, lhe ocultou a criação de Adão e formação de Eva, para que logo começasse a sentir a ignorância do mistério da encarnação e sua época.

Como o ódio do demônio visava principalmente Cristo e Maria, começou a suspeitar-se, por acaso, Adão teria saído de Eva, sendo ela a mãe, e ele o Verbo humanado. Esta suspeita crescia no demônio por sentir a força divina que o impedia atentar contra a vida deles. Mas, por outro lado, conheceu os preceitos que Deus lhe impôs. Descobriu-os ouvindo Adão e Eva falarem sobre isso. 

Pouco a pouco se lhe desfazia a dúvida. Pôs-se a escutar as conversas dos pais, sondando a natureza, começando logo, como o faminto leão, a rodeá-los (Pd5,8), procurando entrada pelas inclinações que percebia em cada um deles. Antes, porém, de se desenganar totalmente, sempre vacilava entre o ódio contra Cristo e Maria e o temor de ser por eles vencido. Acima de tudo temida a vergonha de ser subjugado pela Rainha do céu, por ser ela pura criatura sem divindade.

Reparando, pois, no preceito que Adão e Eva receberam, armado coma mentira, entrou a tenta-los, começando com todo o esforço a contradizer a divina vontade. Não atacou primeiro o homem, e sim a mulher, porque viu que sua natureza era mais frágil e delicada e tinha certeza de que ela não era Cristo. Além disso alimentava contra ela extrema indignação, desde o sinal que havia visto no céu, e a ameaça que Deus lhe fizera por meio daquela mulher. Tudo isso o levou primeiro a acometer Eva e não Adão. E assim foi feito.

O demônio tomou a forma de serpente e falou à Eva que com ele imprudentemente entabulou conversa. De ouvi-lo e responder-lhe passou a lhe dar crédito, e daqui a violar o preceito. Por fim, persuadiu o marido que o violasse, para dano seu e de todos, perdendo eles e nós o feliz estado no qual os havia posto o Altíssimo.

Fonte: cedido graciosamente pelo Blog Almas Castelos:

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