Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de agosto, 2024

Crer no contexto atual

Muitas vezes quem não acolhe a fé não está mentalmente aberto para escutar os argumentos da fé, porque no fundo a certeza interior depende em grande parte do sentimento moral. A rejeição da fé surge de um defeito do coração e não do intelecto.  Se alguém persiste na sua autossuficiência, sem demonstrar necessidade nem um desejo de Deus, então o resultado lógico será a descrença, o que geralmente esta é uma situação muito mais existencial do que intelectual. Por isso necessitamos hoje de uma mistagogia pastoral, isto é, de uma iniciação gradual das pessoas num sentido do mistério que não ocupa apenas momentos especiais na vida da pessoa par conseguir equilíbrio e paz, mas especificamente no exercício de sua liberdade no cotidiano. Tal como as parábolas, é preciso hoje anunciar a fé numa nova perspectiva que implique numa nova racionalidade e afetividade. Assim, os sacramentos e a doutrina da fé permanecem sendo cruciais, mas precisam ir ao encontro de uma pedagogia pastoral capaz de ir

A Igreja de Cristo: Como conhecê-la

          Republicamos aqui uma reflexão do piedosíssimo Mons. Fulton J. Sheen, que foi postado no excelente blog  Fratres in Unum  em 4 de dezembro de 2013. Aqui lhe damos o título de "A Igreja de Cristo - Como conhecê-la!". Sem mais delongas, vamos ao texto. *******                                                                            "Se eu não fosse católico e estivesse procurando a verdadeira Igreja no mundo de hoje, eu iria em busca da única Igreja que não se dá bem com o mundo. Em outras palavras, eu procuraria uma Igreja que o mundo odiasse. Minha razão para isto seria que, se Cristo ainda estivesse presente em qualquer uma das igrejas do mundo de hoje, Ele ainda deve ser odiado como era quando estava na terra, vivendo na carne. Se você tiver que procurar uma igreja hoje, procure uma que não se dá bem com o mundo. Procure por uma igreja que é odiada pelo mundo como Cristo foi odiado pelo mundo. Procure pela Igreja que é acusada de estar desatualizada com os

Dom Bosco apresenta-nos Maomé

  S. João Bosco (1815-1888) Em sua "História Eclesiástica" Dom Bosco nos apresenta uma visão sucinta e adequada sobre a figura de Maomé, o homem cujo legado é objeto de grande preocupação para nossa civilização. Ninguém melhor do que este grande luminar da cristandade para nos apresentar esta figura. Com seu olhar místico e perscrutador, D. Bosco deixa o suficiente a se conhecer sobre Maomé e o islã, por isso este texto é recomendado a todo cristão e deve ser amplamente divulgado. Que o bom Deus defenda seu povo deste terrível flágelo e S. João Bosco interceda por nossa fragilizada civilização ocidental. Maomé Nasceu este famoso impostor em Meca, cidade da Arábia, de família pobre, de pai gentio e mãe judia. Errando em busca de fortuna, encontrou-se com uma viúva negociante em Damasco, que o nomeou seu procurador e mais tarde casou-se com ele. Como era epilético, soube aproveitar-se desta enfermidade para provar a religião que tinha inventado e afirmava que suas quedas eram o

Porque sou católico

  Por G. K Chesterton Trad: Erick Ferreira                         Um artigo publicado em um jornal diário foi dedicado ao  Novo Livro de Orações ; sem, no entanto, ter nada de novo para falar sobre ele. Por isso, ele consistiu principalmente em repetir por novecentas e noventa e nove milésimas vezes que, o que o inglês comum quer é uma religião sem dogmas (seja lá o que isso queira dizer); e que as disputas sobre assuntos da Igreja eram ociosas e estéreis de ambos os lados. Ao lembrar-se repentinamente que essas equalizações de ambos os lados podem envolver alguma ligeira concessão ou consideração para o nosso lado, o escritor apressadamente se corrigiu. Então, passou a sugerir que, embora seja errado ser dogmático, é essencial ser dogmaticamente Protestante.                         Ele sugeriu, ainda, que o inglês comum (esse caráter útil) estava bastante convencido, apesar de sua aversão a todas as diferenças religiosas, de que era vital para a religião continuar divergindo do catol

A Catequese e a vida como vocação

  Em geral, diluiu-se a dimensão vocacional da existência cristã. Na sensibilidade comum, a vida é encarada mais como realização à escolha do que como resposta a um apelo de Deus e dos outros, que nos esperam. Mais como da vida para mim, insaciavelmente, do que de mim para a vida do mundo, disponivelmente. E o pior é que ficamos tristes por não termos tudo, quanto só seríamos felizes se nos fizéssemos tudo para todos, segundo a vontade de Deus Muitas vezes a “iniciação” cristã não se realiza, porque não descobre nem desenvolve a dimensão vocacional da vida. Quantos dos nossos adolescentes e jovens são estimulados a ouvir o chamamento divino, que lhes indicaria o que Deus espera deles e absolutamente os realizaria? Quando Paulo ouviu este chamamento e lhe correspondeu por inteiro, pôde escrever assim: “Nós fomos feitos por Deus, criados em Cristo Jesus, para vivermos na prática das boas obras que Deus de antemão preparou para nelas caminharmos” (Ef 2, 10). Mas, é triste verificarmos com

As almas tíbias

  Cristo, pela boca do apóstolo João, repreende as almas tíbias, mostrando como elas são desprezíveis a Deus. Uma alma tíbia, apesar das muitas graças da misericórdia divina, despreza-as e deixa-se dominar pela indolência, que afasta do zelo e, a qualquer pretexto, abandona por completo a oração. Aparentemente, frequenta os sacramentos, mas de forma leviana e sem devido preparo; por isso, quase sempre inutilmente, quando não sacrilegamente. Parece cumprir as obrigações do seu estado, mas sem espírito de fé, buscando o que causa prazer, procurando em tudo a si mesma. A alma tíbia é formada erradamente: evita apenas aquilo que é expressadamente pecado mortal, mas comete pecado veniais com plena consciência. Nunca pensa em se sacrificar nos sentimentos mais delicados em relação a Deus, naquilo que lhe agrada ou desagrada, donde decorre a falta da mortificação. Percebe-se o orgulho, a ira, a impaciência e a grosseria na convivência com outros, as maledicências e os mexericos, a distração v

O que é inspiração bíblica?

  A Bíblia é a Palavra de Deus inspirada. Mas como se dá essa inspiração?  Talvez imaginemos um ditado mecânico como a de um chefe à sua datilógrafa. Esta escreve coisas que não entende e que são entendidas apenas pelo chefe e sua equipe. Isso não é a inspiração bíblica. Pois, ela não dispensa certa compreensão do autor humano (o hagiógrafo), nem sua participação na redação do texto sagrado.   A inspiração bíblica também não é revelação de verdades que o autor humano não conheça. Existe sim, o carisma da Revelação, especialmente nos profetas. Mas é diferente da inspiração bíblica. Esta se exercia, por exemplo, quando o hagiógrafo descrevia uma batalha ou outros fatos documentados em fontes históricas, sem receber revelação divina. Inspiração Bíblica é a iluminação da mente do autor humano para que possa, com os dados de sua cultura religiosa e profana, transmitir uma mensagem fiel ao pensamento de Deus. O Espírito Santo fortalece a vontade e as potências executivas do autor para que re