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Iniciação à vida cristã Itinerário para formar discípulos missionários


O Documento 107 “Iniciação à vida cristã: itinerário para formar discípulos missionários” foi aprovado na 55ª Assembleia Geral da CNBB, realizada de 26 de abril a 5 de maio de 2017. É fruto de um processo participativo de redação que culminou com novas emendas e a aprovação de todos os bispos na Assembleia Geral.
Brevemente apresentamos um “raio x” desse Documento, que possui quatro capítulos. 
Capítulo 1 – Um ícone bíblico: Jesus e a Samaritana
Este belo capítulo apresenta o encontro de Jesus com a Samaritana. Convida o leitor a contemplar esse encontro transformador, que ilumina as reflexões sobre a Iniciação à Vida Cristã (IVC):
- Primeiro passo: o encontro - “Dá-me de beber” (Jo 4,7).
- Segundo passo: o diálogo - “Se conhecesses o dom de Deus” (Jo 4,10).
- Terceiro passo: conhecer Jesus - “Quem beber da água que eu lhe darei, nunca mais terá sede” (Jo 4,14).
- Quarto passo: a revelação - “Sou eu, que falo contigo” (Jo 4,26).
- Quinto passo: o anúncio - “Vinde ver... Não será ele o Cristo?” (Jo 4,29).
- Sexto passo: o testemunho - “Nós mesmos ouvimos e sabemos... é o Salvador do mundo” (Jo 4,42).
Capítulo 2 – Aprender da história e da realidade: Ver
O capítulo descreve o processo de IVC ao longo da história, apresenta o caminho que já conseguimos fazer através da publicação de vários documentos importantes sobre a temática. Insiste na urgência de um novo processo de IVC, diante do momento de crise que vivemos neste mundo em mudança. Destaca, com um olhar pastoral, aspectos da realidade que desafiam o anúncio do evangelho. No final, propõe um caminho a ser percorrido neste tempo de conversão pastoral que nos pede gestação permanente, sem nos apegarmos a um único modelo. Apresenta a inspiração catecumenal como uma dinâmica, uma pedagogia, um itinerário mistagógico para a transmissão da fé. 
Capítulo 3 – Discernir como Igreja: Iluminar
Este capítulo é o coração do documento. Começa lembrando que a IVC é a articuladora das urgências da ação evangelizadora. Depois, prossegue com uma ampla reflexão sobre a IVC com inspiração catecumenal:
- Iniciação: mergulho pessoal no mistério de Deus (n. 77 a 82).
- Iniciação à vida cristã: mergulho no mistério de Cristo (n. 83 a 87).
- Dimensões teológicas da Iniciação à Vida Cristã (n. 88 a 104).
O capítulo apresenta, ainda, o sujeito indispensável à IVC que é a comunidade cristã, abordando a imersão no mistério de Cristo, mediante a Igreja:
- A Igreja: uma comunidade querigmática e missionária (105 a 111).
- A Igreja: uma comunidade mistagógica e materna (112 a 115).
Na sequência, o capítulo descreve o processo de inspiração exposto no Rica. E, faz uma reflexão sobre os sacramentos da Iniciação à Vida Cristã. E, conclui afirmando que a vivência cristã é fruto da iniciação. 
Capítulo 4 – Propondo caminhos: Agir
É o capítulo que apresenta propostas para um Projeto Diocesano de Iniciação à Vida Cristã. Faz indicações para cada tempo de um processo de inspiração catecumental: Querigma, Catecumenato, Purificação e Iluminação, Mistagogia.
Insiste que o processo precisa de acompanhamento e formação dos agentes da IVC, acentuando a centralidade da Palavra de Deus nesse processo formativo.
O capítulo também trata das instâncias formativas e dos sujeitos da IVC, destacando que a mesma não é tarefa específica da catequese, mas envolve, comunidade, família, liturgia, entre outros. 
Na conclusão do documento, os bispos dizem ser urgente construir uma Igreja, casa da Iniciação à Vida Cristã. Para que isso aconteça, é preciso:
a) formação continuada da comunidade, dos ministros ordenados e dos catequistas;
b) compreensão da importância da IVC na ação evangelizadora;
c) valorização da dimensão litúrgica;
d) pastoral de conjunto e projetos pastorais;
e) promoção da unidade dos sacramentos de Iniciação à Vida Cristã;
f) articulação entre o processo de IVC e missão da comunidade eclesial.

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