ENSINA UM ANTIGO adágio (atribuído ao Duque de La Rochefoucauld): "A fraqueza se contrapõe mais à virtude do que ao vício". Com esta frase, o papa Pio XI respondia às acusações de excessiva severidade[1]. Vivemos dias em que a frouxidão parece ser regra, e tergiversar é a conduta mais comum. Nestes momentos é mais do que necessário, aos cristãos, retomar a virtude da fortaleza. Coragem não é a ausência de medo. O medo faz parte da natureza humana e, corretamente dirigido, é útil e vantajoso; pode salvar a sua vida, querido leitor, inclusive a sua vida eterna, espiritual. "O temor do Senhor", que o autor sagrado classifica como "o princípio da sabedoria" (Pr 9, 10), é uma consequência direta do verdadeiro amor que devemos a Deus. Se realmente aprendemos a amar a Deus incondicionalmente –, como é nosso dever e nossa salvação –, também temeremos perder a sua Amizade, isto é, a Comunhão com Ele ou a sua Presença em nossa alma. Já dizia Santo Afonso de Ligório
"Ide ao mundo inteiro anunciar. À toda criatura a Boa Nova"