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Mostrando postagens de outubro, 2015

Mensagem final do Papa Francisco na conclusão do Sínodo sobre a Família

CONCLUÍRAM-SE OS TRABALHOS do Sínodo dos Bispos sobre a Família (encerrado no último domingo, 25/10/015). Em sua intervenção final, o Papa Francisco deixou uma mensagem na qual procurou realçar a importância de se "defender o homem e não as ideias"; "o espírito e não 'a letra da doutrina'". Como de costume, sua preocupação central e ênfase estão na afirmação da Igreja como "Igreja dos pobres e dos pecadores". Em dados momentos, traz à discussão a relação estreita que precisa haver entre as maneiras de difusão e aplicação da Doutrina da Igreja, enquanto conjunto de ensinamentos formais, e a realidade objetiva do mundo contemporâneo, com as suas particularidades e problemas próprios. “ ...Os verdadeiros defensores da doutrina não são os que defendem a letra, mas o espírito; não as ideias, mas o homem; não as fórmulas, mas a gratuidade do amor de Deus e do seu perdão. (...) Aquilo que parece normal para um bispo de um continente, pode res

O Calvário e a Missa - 5º Parte: Comunhão

A Comunhão " Tenho Sede ".  (S. João 19, 28) O Nosso bem-amado Salvador, chega à comunhão da Sua Missa quando, no íntimo do Sagrado Coração, parte este grito: " Tenho sede ".  Não se trata, certamente, de sede de água, pois a Terra, e tudo quanto ela encerra, Lhe pertenciam, e Ele acalmou as ondas quando as águas enfurecidas pareciam querer ultrapassar os seus limites. Quando Lhe ofereceram de beber, Ele não aceitou. Era outra, era diferente a sede que atormentava Jesus - era a sede das almas e dos corações humanos .  Esse grito foi uma apelo à comunhão  - o último da longa série de apelos que o Pastor que é Jesus, dirigiu aos homens. O próprio fato de ter sido traduzido pelo mais pungente de todos os sofrimentos humanos, que é a sede, dá a medida da sua profunidade e da sua força. A humanidade pode sentir-se faminta de Deus, mas Deus sente-Se sequioso da humanidade. Ele sentiu essa sede na Criação, quando a fez participante da di

O Calvário e a Missa - 4ª Parte: Consagração

Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes? (São Mateus 27,46) Eis a quarta palavra da Consagração da Missa do Calvário. As três primeiras palavras foram dirigidas aos homens.  A quarta, porém, foi dirigida a Deus . Estamos agora na última fase do drama da Paixão. Na quarta Palavra, e em todo o Universo, só existem apenas Deus e Jesus.  Esta é a hora das trevas . Subitamente,  o silêncio dessa escuridão é quebrado por um grito  – tão terrível e tão inesquecível que até aqueles que não compreenderam a língua em que foi expresso hão de recordar-se sempre do tom estranho em que foi proferido: “ Eli, Eli, lamma Sabcthany ”.  Sim, embora alguns não pudessem compreender essas palavras da língua hebraica, o tom em que foram ditas não mais lhes esqueceu em toda a sua vida. As trevas que cobriam a terra naquele momento representam apenas o símbolo exterior da noite escura da alma. O sol pode esconder a sua face perante o terrível crime dos deicidas, mas a verdadeira razã

O Calvário e a Missa - 3ª Parte : Sanctus

Sanctus Mulher, eis aqui o teu filho...Eis aqui a tua mãe. (João 19,26-27) Cinco dias antes, Jesus fizera a Sua entrada triunfal em Jerusalém. Aos Seus ouvidos soavam gritos de triunfo; o chão que os Seus pés pisaram foi juncado de folhas de palmeira, e nos ares ecoaram aclamações ao filho de David, e louvores ao Sagrado Filho de Israel.  Àqueles que se mantiveram silenciosos durante as demonstrações feitas em Sua honra, Nosso Senhor lembrou que se as suas vozes não se faziam ouvir, as próprias pedras falariam por eles.  Esse foi o dia de nascimento das catedrais góticas. Eles não conheciam a verdadeira razão pela qual Lhe chamavam Sagrado, nem tampouco compreendiam o motivo que levava Jesus a aceitar o tributo dos seus louvores.  Eles pensavam que aclamavam uma espécie de rei da terra. Jesus aceitou essas demonstrações porque ia ser o Rei de um império espiritual. Ele aceitou os seus tributos, as suas aclamações e exclamações de louvor porque caminhava, como um

O Calvário e a Missa - 2ª Parte : O Ofertório

O Ofertório "Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso".  (Lc. 23,43) Chegamos agora ao Ofertório da Missa, pois Nosso Senhor oferece-Se ao Seu Pai Celestial. Para nos lembrar, porém, que não Se oferece sozinho, mas sim em união conosco, Ele junta à Sua oferta a alma do ladrão crucificado à Sua direita. Para que a Sua ignomínia fosse mais completa, num golpe de maldade suprema, crucificaram-nO entre dois ladrões. Durante a Sua vida, Jesus andara entre os pecadores; foi, pois, entre eles que Lhe ergueram a Sua cruz.  O Salvador modificou o quadro, e fez dos dois ladrões dois símbolos - a ovelha e o bode - representando assim aqueles que estarão à Sua direita e à Sua esquerda, quando Ele descer, por entre as nuvens do Céu, com a Sua Cruz triunfante, a julgar os vivos e os mortos. Ambos os ladrões, a princípio, revoltaram-se e blasfemaram; mas um deles, aquele a quem a tradição chamou Dimas, voltou a sua cabeça para ler na face do Salvador crucifi