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A missa




missa se divide nas seguintes partes: ritos iniciais, liturgia da Palavra, liturgia da Eucaristia, rito de comunhão e rito de conclusão.

I. Ritos iniciais

Chegamos à igreja e nos preparamos para celebrar o maior mistério da nossa fé Durante este rito, os fiéis ficam em pé.

A. Canto e procissão de entrada: entoamos um canto apropriado, com muita alegria. O canto de entrada foi introduzido na liturgia romana no século V. A procissão simboliza o caminho percorrido pela Igreja peregrina rumo à Jerusalém celeste.

O sacerdote chega ao altar, o beija e, conforme o caso, o incensa. Incensar é um símbolo de honra, purificação e santificação. Depois, ele faz o sinal da cruz.

B. Saudação do sacerdote que preside: recorda as saudações que São Paulo fazia às primeiras comunidades cristãs em suas cartas.

C. Ato penitencial: nós nos reconhecemos pecadores e fracos diante de Deus. É um ato de humildade. E lhe pedimos perdão por todas as nossas faltas. Este momento não substitui a confissão em caso de pecado mortal. O ato penitencial tem 4 partes:

1. Convite aos fiéis para que se examinem e se reconheçam pecadores, em um momento de silêncio. Este momento de silêncio é importante e faz parte essencial deste ato.

2. Pedido de perdão, que se expressa na oração “Confesso a Deus todo-poderoso, e a vós, irmãos...” e no gesto de bater no peito, ao dizer: “Por minha culpa, minha tão grande culpa”.

3. Absolvição, que não é sacramental, mas expressa um desejo de perdão de Deus. O sacerdote implora: “Deus todo-poderoso tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna”. O povo responde, dizendo: “Amém”.

4. Petição: “Senhor, tende piedade de nós”.

D. Glória (nas festas – sejam ou não de preceito – e solenidades). O Glória é um hino antiquíssimo e venerável com o qual a Igreja glorifica Deus Pai e faz sua súplica ao Cordeiro. O texto deste hino não pode ser trocado por outro. Louvamos Deus e reconhecemos diante dele o quanto necessitamos dele.

E. Oração coleta (exclusiva do sacerdote): é uma oração que expressa o caráter da celebração. É a oração que o padre, em nome de todos, faz ao Pai. Nela, são agrupadas ou recolhidas as necessidades de toda a assembleia.

II. Liturgia da Palavra

Os fiéis estão sentados. Nas leituras (que também são um alimento espiritual), Deus fala ao seu povo, mostra-lhe os mistérios da redenção e da salvação.

Segundo a tradição, o serviço de proclamar as leituras não é presidencial, mas ministerial.

As leituras da missa variam ao longo do ano, conforme os tempos litúrgicos (advento, natal, quaresma, páscoa, tempo comum) e se dividem em três ciclos, um por ano: A, B e C. Portanto, o fiel que for à missa diariamente, após 3 anos, terá escutado a Bíblia quase completa.

Nesse momento, Deus nos fala e quer que guardemos essa mensagem em nosso coração, que a meditemos e apliquemos ao longo do dia.

Como são feitas as leituras? O leitor vai até o ambão e os fiéis se sentam. No final de cada leitura, o leitor diz: “Palavra do Senhor”, que não é um esclarecimento, mas uma confissão de fé.

A. Primeira leitura: sempre é tirada do Antigo Testamento. Nele, Deus nos fala por meio da história do povo de Israel e dos seus profetas.

B. Salmo responsorial: é uma resposta à Palavra de Deus, relacionada com a primeira leitura. O Senhor também fala ao seu povo por meio dos salmos.

C. Segunda leitura: é sempre tirada do Novo Testamento, e está presente nas solenidades e em algumas festas).

D. Aleluia: Os fiéis ficam em pé e cantam o Aleluia, exceto na Quaresma.

E. Proclamação do Evangelho: segundo o caso, incensa-se o evangeliário.


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